1º Simulado de Português para a Polícia Civil do Rio de Janeiro
TEXTO 1
O que galáxias distantes dizem sobre a evolução do Universo
Observar galáxias distantes nos ajuda a montar o quebra-cabeça do Universo: quanto mais longe enxergamos, mais ao passado voltamos
Seria legal se pudéssemos
passar um filminho revelando a história das galáxias e ver também como era a
Via Láctea no passado. Mas, como não podemos, temos que observar as galáxias
distantes e tentar montar o quebra-cabeça de como esses astros fantásticos
evoluem.
O telescópio espacial
Hubble é peça-chave para desvendar essa história. Com ele, conseguimos captar a
luz com mais nitidez, já que ela não sofre interferência da atmosfera, mas
mesmo assim temos que deixá-lo aberto por muito tempo para obter a luz
fraquinha das galáxias distantes.
Em 1995, o ex-diretor do
Hubble, Bob Williams, fez a primeira imagem das profundezas do Universo
exatamente assim. A equipe do Hubble escolheu uma região do céu sem nenhuma
estrela brilhante por perto para garantir que não interferisse na imagem das
galáxias de fundo. E deixou o Hubble aberto durante dez dias captando a luz da
mesma região. Uma região do céu que parecia totalmente vazia mostrou uma imagem
incrível cravejada de galáxias.
O Universo é como se fosse
uma “máquina do tempo”: quanto mais longe enxergamos, mais ao passado voltamos.
Se vemos uma galáxia a 1 bilhão de anos-luz de nós, significa que a sua luz
levou 1 bilhão de anos atravessando o espaço para chegar até aqui. Ou seja,
estamos vendo a galáxia como ela era há 1 bilhão de anos, no passado, e não
como ela é agora.
Desde a imagem histórica
feita pelo Hubble, já tivemos muitas outras das profundezas do Universo. E elas
revelam que as galáxias mais longínquas parecem bem pequenas por causa da
distância, como era de se esperar, mas descobrimos também que elas são
realmente menores e não possuem formatos bem definidos. Isso significa que elas
crescem e se transformam com o tempo.
A galáxia mais distante já
observada é a GN-z11, que está a 13,4 bilhões de anos-luz de nós! Ou seja,
estamos vendo como ela era quando o Universo tinha apenas 400 milhões de
anos. Ela fica na constelação de Ursa Maior e parece um pontinho vermelho na
imagem do Hubble.
Essas galáxias muito distantes
estão se afastando aceleradamente de nós, por isso vemos sua luz sempre mais
avermelhada do que deveria ser. Porém, nem os olhos humanos nem o Hubble
conseguem captar o extremo da luz vermelha que precisamos obter para ver mais
além.
Por isso, necessitamos de
instrumentos como o telescópio James Webb. Ele captará luz infravermelha e
enxergará ainda mais longe que o Hubble. Seu lançamento está previsto para
2021, segundo a Nasa, e estamos muito empolgadas com a enxurrada de novas peças
para ajudar a solucionar nosso quebra-cabeça galáctico.
1. (INSTITUTO
AOCP / Auditor Fiscal / Prefeitura de Betim / MG / 2020) No trecho "Uma região do céu que parecia
totalmente vazia mostrou uma imagem incrível cravejada de galáxias”, do Texto
1, utiliza-se a figura de linguagem
a) comparação.
b) metonímia.
c) metáfora.
d) sinestesia.
e) sinédoque.
2. Em “[...] já que ela não sofre interferência da atmosfera [...]”, o
termo em destaque, sintaticamente, funciona como
a) complemento nominal.
b) adjunto adnominal.
c) objeto direto
preposicionado.
d) adjunto adverbial.
e) objeto indireto.
3. (INSTITUTO
AOCP / Auditor Fiscal / Prefeitura de Betim / MG / 2020) A reescrita do trecho “Essas galáxias muito
distantes estão se afastando aceleradamente de nós, por isso vemos sua
luz sempre mais avermelhada do que deveria ser.”, do Texto 1, mantém o sentido
original quando se substitui a expressão em destaque por
a)
porque.
b)
assim.
c)
todavia.
d)
consoante.
e)
não obstante.
4. (INSTITUTO
AOCP / Auditor Fiscal / Prefeitura de Betim / MG / 2020) Assinale a alternativa que apresenta corretamente a
regra de formação de plural para o substantivo composto “quebra-cabeça”.
a) Quando os termos
componentes não se ligam por preposição, só o primeiro toma a forma plural.
b) Quando o segundo termo
da composição é um substantivo que funciona como determinante específico, só o
primeiro toma a forma plural.
c) Quando o primeiro termo
da composição é um substantivo que funciona como determinante específico, só o
segundo toma a forma plural.
d) Quando a palavra
composta é constituída de dois substantivos, ou de um substantivo e um
adjetivo, ambos vão para o plural.
e) Quando o primeiro termo
do composto é verbo ou palavra invariável e o segundo substantivo ou adjetivo,
só o segundo vai para o plural.
5. (INSTITUTO
AOCP / Auditor Fiscal / Prefeitura de Betim / MG / 2020) Assinale a alternativa que classifica corretamente
a oração subordinada do trecho “[...] quanto mais longe enxergamos, mais ao
passado voltamos”, subtítulo do Texto 1.
a) Oração subordinada adverbial proporcional.
b) Oração subordinada adverbial consecutiva.
c) Oração subordinada substantiva objetiva
direta.
d) Oração subordinada substantiva completiva
nominal.
e) Oração subordinada adjetiva restritiva.
6. (INSTITUTO
AOCP / Auditor Fiscal / Prefeitura de Betim / MG / 2020) No trecho “E elas revelam que as galáxias mais
longínquas parecem bem pequenas por causa da distância [...]”, do Texto 1, a
palavra “longínquas” pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido, por
a) alhures.
b) ábditas.
c) algures.
d) propínquas.
e) contíguas.
Texto 2
Fonte: Adaptado de: http://1.bp.blogspot.com/oSNjvAa_uZE/TgIuBsIiMXI/AAAAAAAAAN0/R208RGfxPoQ/s1600/as%2Bcobras%2B11.jpg. Acesso em: 19 jan. 2020.
7. (INSTITUTO
AOCP / Auditor Fiscal / Prefeitura de Betim / MG / 2020) Assinale a alternativa correta.
a) A ideia central do
Texto 1 é a de que não sabemos exatamente como o universo é formado.
b) O Texto 2 apresenta uma reflexão sobre a pequenez
dos personagens diante do universo.
c) Os Textos 1 e 2 são isentos de
posicionamento em relação às suas respectivas temáticas.
d) Os Textos 1 e 2 apresentam pontos de vista
destoantes sobre a compreensão do universo.
e) O Texto 1 e o Texto 2 congregam o mesmo
entendimento sobre a origem dos planetas no universo.
8. Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se
afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) O “que” empregado no trecho “Atravessamos o
espaço numa bola que não controlamos [...]”, do Texto 2, é um pronome
relativo.
( ) O “que” empregado no trecho “Atravessamos o
espaço numa bola que não controlamos [...]”, do Texto 2, é uma conjunção
integrante.
( ) Quando exerce a função de demonstrativo, o
“que” pode ser precedido por pronomes demonstrativos.
( ) Quando funciona como conjunção, o “que”
pode exercer diferentes funções sintáticas.
a) V – V – F – V.
b) V – F – V – F.
c) F – V – F – V.
d) V – V – F – F.
e) F – F – V – V.
9. (INSTITUTO
AOCP / Auditor Fiscal / Prefeitura de Betim / MG / 2020) A partir da análise do trecho “Nossa condição não é
tão angustiante assim...”, do Texto 2, analise as assertivas e assinale a
alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. Emprega-se um verbo de
ligação.
II. O verbo empregado é
irregular.
III. O verbo está
conjugado na terceira pessoa do singular e o tempo é o presente do indicativo.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
Texto 2
A gratidão tem o poder de salvar vidas (ou por que
você deveria escrever aquela nota de agradecimento)
Richard Gunderman. Tradução: Camilo Rocha
A gratidão pode ser mais benéfica do que costumamos supor. Um
estudo recente pediu que pessoas escrevessem uma nota de agradecimento para alguém
e depois estimassem o quão surpreso e feliz o recebedor ficaria.
Invariavelmente, o impacto foi subestimado. Outro estudo avaliou os benefícios
para a saúde de se escrever bilhetes de obrigado. Os pesquisadores descobriram
que escrever apenas três notas de obrigado ao longo de três semanas melhorava a
satisfação com a vida, aumentava sentimentos de felicidade e reduziria sintomas
de depressão.
Existem múltiplas explicações para os benefícios da
gratidão. Uma é o fato de que expressar gratidão encoraja os outros a
continuarem sendo generosos, promovendo, assim, um ciclo virtuoso de bondade em
relacionamentos. Da mesma maneira, pessoas agradecidas talvez fiquem mais
propensas a retribuir com seus próprios atos de bondade. Falando de modo mais
amplo, uma comunidade em que as pessoas se sentem agradecidas umas com as
outras tem mais chance de ser um lugar agradável para se viver do que uma
caracterizada por suspeição e ressentimento mútuos.
Os efeitos benéficos da gratidão podem ir ainda mais
longe. Por exemplo, quando muitas pessoas se sentem bem sobre o que outra
pessoa fez por elas, elas sentem um senso de elevação, com um consequente
reforço da sua consideração pela humanidade. Alguns se inspiram a tentar se
tornar também pessoas melhores, fazendo mais para ajudar a trazer o melhor nos
outros e trazendo mais bondade para o mundo à sua volta.
É claro, atos de bondade também podem fomentar
desconforto. Por exemplo, se pessoas sentem que não são merecedoras de bondade
ou suspeitam que há algum motivo por trás da bondade, os benefícios da gratidão
não se realizarão. Do mesmo modo, receber bondade pode fazer surgir um senso de
dívida, deixando nos beneficiários uma sensação de que precisam pagar de volta
a bondade recebida. A gratidão pode florescer apenas se as pessoas têm
confiança o suficiente em si mesmas e nos outros para permitir que isso aconteça.
Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente
chamado de senso de merecimento. Em vez de sentir um benefício como uma virada
boa, as pessoas às vezes o veem como um mero pagamento do que lhes é devido,
pelo qual ninguém merece nenhum crédito moral. Ainda que seja importante ver
que a justiça está sendo feita, deixar de lado oportunidades por sentimentos
genuínos e expressões de generosidade também podem produzir uma comunidade mais
impessoal e fragmentada.
Quando Defoe retratou a personagem Robinson Crusoe
fazendo da ação de graças uma parte diária de sua vida na ilha, ele estava
antecipando descobertas nas ciências sociais e medicina que não apareceriam por
centenas de anos. Ele também estava refletindo a sabedoria de tradições
religiosas e filosóficas que têm início há milhares de anos. A gratidão é um
dos estados mentais mais saudáveis e edificantes, e aqueles que a adotam como
hábito estão enriquecendo não apenas suas próprias vidas mas também as vidas
daqueles à sua volta.
Adaptado de: https://www.nexojornal.com.br/externo/2018/08/11/Agratid%C3%A3o-tem-o-poder-de-salvar-vidas-ou-por-quevoc%C3%AA-deveria-escrever-aquela-nota-de-agradecimento
Acesso em: 04 fev. 2020.
10. Nos trechos “{...} os benefícios da gratidão não se
realizarão.” e “Alguns se inspiram a tentar se tornar também pessoas melhores,
{...}, é correto afirmar que a colocação do pronome antes do verbo é,
respectivamente,
a) obrigatória / facultativa
b) obrigatória / obrigatória
c) facultativa / obrigatória
d) facultativa / facultativa
e) obrigatória / errada
11. (INSTITUTO
AOCP / Prefeitura de Novo Hamburgo – RD / Assistente Social
/ 2020) Considere as ideias e informações apresentadas no texto e assinale a
alternativa INCORRETA.
a) Os
três primeiros parágrafos têm a função de apresentar os efeitos positivos da
gratidão na vida das pessoas.
b) A sequência lógica do texto revela que não
apenas aspectos positivos estão articulados à gratidão, pois, nos 4º
e 5º
parágrafos, é apresentado um contraponto aos benefícios da gratidão.
c) Ocorre
uma contradição interna no texto, visto que, primeiramente, é apresentada a
serventia da gratidão, porém, em seguida, o autor se contradiz.
d) A referência à obra literária de Dafoe
exemplifica, por meio da experiência de Robinson Crusoe, que a importância do
hábito da gratidão não é recente.
e) O
autor acredita que o atual individualismo na sociedade pode ser uma
consequência da falta de atitudes de agradecimento nas relações pessoais.
12. (INSTITUTO
AOCP / Prefeitura de Novo Hamburgo – RD / Assistente Social
/ 2020) Assinale a alternativa que analisa e classifica corretamente a oração
em destaque no seguinte excerto: “[…] uma comunidade em que as pessoas se
sentem agradecidas umas com as outras tem mais chance de ser um lugar
agradável para se viver [...]”.
a) Oração
substantiva completiva nominal, pois completa o sentido do nome “comunidade”,
sem a qual esse substantivo não teria sentido completo.
b) Oração
adjetiva restritiva, pois caracteriza e especifica qual comunidade é agradável.
c) Oração
adjetiva explicativa, pois generaliza que toda comunidade tem chance de ser
agradável.
d) Oração
adverbial final, pois indica a finalidade de comportamento que se espera em uma
comunidade.
e) Oração
adverbial condicional, visto que apresenta uma condição para que a comunidade
seja agradável.
13. Nos excertos “Um estudo recente pediu que pessoas
escrevessem uma nota de agradecimento {...}.” e
“{...}. e aqueles que a adotam como hábito estão enriquecendo
{...}.”, o “que”, considerando suas
funções, pode ser classificado, respectivamente, como
a) pronome indefinido e preposição.
b) conjunção integrante e conjunção integrante.
c) conjunção consecutiva e conjunção aditiva.
d) conjunção integrante e pronome relativo.
e) conjunção integrante e pronome adjetivo.
14. Assinale a alternativa em que a substituição do
verbo em destaque em “Existem múltiplas explicações para os benefícios
da gratidão.” Provoque inadequação quanto às normas de concordância.
Assinale a
alternativa em que a alteração do trecho acima tenha provocado INADEQUAÇÃO quanto
à norma culta. Não leve em conta a alteração de sentido.
a) Há
múltiplas explicações para os benefícios da gratidão.
b) Pode
haver múltiplas explicações para os benefícios da gratidão.
c) Há de
existir múltiplas explicações para os benefícios da gratidão.
d) Devem
existir múltiplas explicações para os benefícios da gratidão.
d) Hão de
existir múltiplas explicações para os benefícios da gratidão.
15. Ainda que seja importante ver que a justiça está sendo
feita, deixar de lado oportunidades por sentimentos genuínos e expressões de generosidade
também podem produzir uma comunidade mais impessoal e fragmentada.”
No trecho acima o conectivo sublinhado estabelece uma
relação de
a) consequência
b) causa
c) finalidade
d) concessão
e) condição
16. INSTITUTO
AOCP / No texto de apoio, predomina o discurso
a) narrativo.
b) descritivo.
c) expositivo.
d) argumentativo.
e) injuntivo.
17. (INSTITUTO
AOCP / Prefeitura de Novo Hamburgo – RD / Assistente Social
/ 2020)Considerando os usos do “se” no seguinte excerto, analise as assertivas
e assinale a alternativa que aponta as corretas.
“Por exemplo, se pessoas sentem que não são
merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum motivo por trás da bondade, os
benefícios da gratidão não se realizarão.”
I. Nas duas ocorrências, o “se” é um pronome que
integra o sentido do verbo.
II. Na primeira ocorrência, o “se” tem valor condicional.
III. Na segunda ocorrência, o “se” indica que a
oração está na voz passiva.
IV. Nas duas ocorrências, servem para indeterminar os
sujeitos verbais.
a) Apenas I e
IV.
b) Apenas II e
IV.
c) Apenas I e
II.
d) Apenas II e
III.
e) Apenas I e
III.
18. (INSTITUTO
AOCP / Prefeitura de Novo Hamburgo – RD / Assistente Social
/ 2020) A expressão em destaque em “Outro obstáculo para a gratidão […]”
(5º parágrafo) retoma
a) “Os efeitos benéficos da gratidão” – (3º
parágrafo).
b) “atos de
bondade” – (4º parágrafo).
c) “senso de
dívida” – (4º parágrafo).
d)
“beneficiários” – (4º parágrafo).
e) “comunidade
mais impessoal e fragmentada.” – (5º parágrafo).
Gabarito
1. C
Comentário: “Metáfora” é uma comparação
subjetiva entre dois termos, sem o uso de conectivo. Em “imagem
incrível cravejada de galáxias” estabelece-se uma comparação subjetiva entre
“imagem” e “galáxias”, ou seja, a imagem era tão bela que parecia um conjunto
brilhante de galáxias.
2. B
Comentário:
A expressão “da atmosfera” é adjunto adnominal,
já que exerce a função de agente em relação ao
vocábulo “atmosfera”; corresponde ao sujeito da voz ativa (interferência da atmosfera = a atmosfera (sujeito) interfere.
3. B
Comentário:
a) errada – porque > indica causa ou
explicação.
b) certa – No texto, o conectivo “por isso”
expressa conclusão. Esse conectivo é sinônimo de “assim”.
c) errada – todavia > indica oposição.
d) errada – consoante > indica conformidade.
e) errada – não obstante > indica oposição,
concessão.
4. E
Comentário:
Nos substantivos compostos formados por verbo ou palavra invariável, e o
segundo termo é adjetivo, só o segundo elemento vai para o plural: quebra
(verbo) + cabeça (substantivo) = quebra-cabeças.
Outro exemplo: abaixo (advérbio > palavra
invariável) + assinado (adjetivo) = abaixo-assinados.
5. A
Comentário:
A correlação “Quanto mais ... mais” é sempre proporcional. A oração “quanto mais longe enxergamos” exprime um fato que aumenta na mesma proporção do
que é enunciado na principal (os dois fatos são simultâneos): o enxergar mais
longe e a volta ao passado acontecem ao mesmo tempo.
6. B
Comentário:
O termo “ábditas” significa “distantes”, “remotas”, “longínquas”. Vejamos o
significado das demais palavras:
a) errada – alhures: “em outro lugar”, “em
alguma outra parte”.
b) certa – O termo “ábditas” significa
“distantes”, “remotas”, “longínquas”.
c) errada – algures: “em algum lugar”, “em
alguma parte”.
d) errada – propínquas:
“próximas”, “vizinhas”.
e) errada – contíguas:
“próximas”, “juntas”.
7. D
Comentário:
a) errada – A ideia central do texto 1
não é a de que não sabemos exatamente como o universo é formado, mas sim a busca
por compreendê-lo por meio da observação das galáxias.
b) errada – O texto não aborda a pequenez dos personagens diante do
universo, mas a inquietação de um deles por desconhecer totalmente o universo.
c) errada – Há posicionamento nos dois textos
– como veremos na próxima alternativa –, por isso não há isenção em relação.
d) certa – Os Textos 1 e 2 apresentam pontos de vista destoantes (“destoantes”
significa “diferentes”, “divergentes”) sobre a compreensão do universo: o
primeiro apresenta uma perspectiva otimista em relação à tentativa de compreendê-lo
– a observação das galáxias é um
exemplo disso; o segundo, uma perspectiva negativa – o homem está angustiado
porque não sabe nada sobre o universo.
e) errada – Como vimos na alternativa
anterior, os textos têm visões diferentes sobre o universo.
8. B
Comentário:
Item 1:
Afirmação Verdadeira – A palavra “que” é pronome relativo, visto que é
substituível por “a qual”.
Item 2:
Afirmação Falsa – A palavra “que” é
pronome relativo, e não conjunção integrante.
Item 3:
Afirmação Verdadeira – Quando exerce a função de
demonstrativo, o “que” pode ser precedido pelos pronomes demonstrativos (o, os,
aquilo, aquele etc.). Exemplo: Você é aquele (pronome demonstrativo) que
(pronome relativo) me diz sempre a verdade. Observação: Na realidade, é
questionável dizer que o pronome “que” exerce função demonstrativa.
Item 4:
Afirmação Falsa – A conjunção “que” não exerce nenhuma função sintática; ela
introduz orações substantivas, e estas, sim, é que
exercem função sintática de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento
nominal, predicado nominal e aposto em relação à oração principal.
Exemplos: Espero que estudes (oração objetiva direta = objeto direto);
É necessário que sejamos fortes (oração subjetiva = sujeito).
9. E
Comentário:
Item I: Afirmação Verdadeira – O verbo “ser” está empregado como verbo de ligação:
liga o predicativo “angustiante” ao sujeito “nossa condição”.
Item II: Afirmação Verdadeira – O verbo
“ser é irregular, pois não segue modelo de conjugação. Além disso, também é
anômalo, visto que sofre alterações profundas em seu radical. Exemplo: sou / é,
fui / fora.
Item III: Afirmação Verdadeira – A forma verbal “é” está na
3ª pessoa do singular, no presente do indicativo.
10. B
Comentário:
Nos dois casos, a próclise é obrigatória, uma vez que o advérbio “não (primeiro
caso) e o pronome indefinido “Alguns” (segundo caso) são fatores de próclise.
11. C
Comentário:
a) certa – Os três primeiros parágrafos
iniciam-se com frases que apresentam os benefícios da gratidão:
(1) “A gratidão pode ser mais benéfica do que costumamos supor.” /
(2) “ Existem múltiplas explicações para os benefícios da
gratidão.” / (3) “Os efeitos benéficos da gratidão podem ir ainda mais
longe.”.
b) certa
– Nos 4º e 5º parágrafos, é apresentado um contraponto
aos benefícios da gratidão, ou seja, o autor reconhece, em um processo
concessivo, os aspectos negativos da gratidão, para em seguida reafirmar sua
posição em relação ao fato de a gratidão poder ser “mais benéfica do que
costumamos supor”. Isso está expresso nos referidos parágrafos: “É claro, atos
de bondade também podem fomentar desconforto.” / “Outro obstáculo
para a gratidão é frequentemente chamado de senso de merecimento.”.
Observação: A apresentação de aspectos
negativos (concessão) é uma estratégia argumentativa que fortalece a posição do
autor, ou seja, ele se previne de possíveis críticas, admitindo problemas
(desconforto e “senso de merecimento”) para em seguida reafirmar sua posição.
c) errada
– Não há nenhuma contradição no texto. O uso de argumentos contrários à tese
defendida (a técnica da concessão), como vimos na alternativa anterior, fortalece
o ponto de vista defendido pelo autor.
d) certa – O trecho “... ele estava
antecipando descobertas nas ciências sociais e medicina que não apareceriam por
centenas de anos” mostra que a importância do hábito da gratidão não é recente.
e) certa – O trecho “deixar de lado oportunidades
por sentimentos genuínos e expressões de generosidade também podem produzir uma
comunidade mais impessoal e fragmentada”, comprova que o autor acredita
que o atual individualismo na sociedade pode ser uma consequência da falta de
atitudes de agradecimento nas relações pessoais.
12. B
Comentário:
A oração adjetiva “em que as pessoas se sentem
agradecidas umas com as outras”, sem vírgula, é restritiva – está limitando e
especificando o sentido do que se expressa na oração principal. Observemos:
Qual a comunidade que tem mais chance de ser um lugar agradável para se viver?
Resposta: SOMENTE aquela em que as pessoas se sentem agradecidas umas com as
outras. Isso significa que existem outras comunidades, mas que não têm
tanta chance de ser um lugar agradável para se viver, pois nelas as pessoas NÃO
se sentem agradecidas umas com as outras.
Observação:
Se fosse inserida uma vírgula antes da oração adjetiva, essa oração passaria a
ser explicativa, o que nos permitiria deduzir que TODAS as comunidades têm mais
chance de ser um lugar agradável, e em TODAS elas as pessoas se sentem
agradecidas umas com as outras.
13. D
Comentário:
Modo prático de identificar as
conjunções integrantes: “que” ou “se” + oração = ISSO. Exemplos: Espero que
você seja feliz = Espero ISSO. / Não sei se ela viajará = Não
sei ISSO.
Há somente uma conjunção integrante. O primeiro “que” é conjunção integrante, pois introduz uma oração substantiva objetiva
direta (“Um estudo recente pediu que pessoas escrevessem uma nota de
agradecimento {...}.” = “Um estudo recente pediu ISSO
{...}.”).
O segundo “que” é pronome relativo, dado que equivale a “os quais” (retoma o pronome
“aqueles”).
14. Resposta: C
Comentário:
a) correta – Há / Empregado com o sentido de “existir”, o verbo “haver” é impessoal
(não tem sujeito), por isso não se flexiona (fica sempre na terceira pessoa do
singular).
b) correta – Pode haver / Nas formas compostas, o verbo “haver” transmite a sua impessoalidade ao
verbo auxiliar, ficando no singular.
c) errada – Há de existir /
Como o verbo “haver”, equivalente a “ter”, é auxiliar de “existir”, deve
flexionar-se, concordando com o núcleo do sujeito “explicações”. Correção: Hão de existir.
d) correta – Devem existir / Ao contrário de “haver”, o verbo “existir” é pessoal,
por conseguinte o auxiliar se flexiona, concordando com o núcleo do sujeito
“explicações”.
e) correta – Hão de existir / Aqui, o verbo “haver” é auxiliar de “existir”, por
isso concorda com o núcleo do sujeito “explicações”.
15. D
Comentário:
A locução conjuntiva “Ainda que” é concessiva; expressa uma ideia contrária ao
que se afirma na oração principal.
16. D
Comentário: O texto deve ser
classificado como predominantemente argumentativo, visto que defende uma tese –
a de que a gratidão pode ser mais benéfica do que costumamos supor. Para isso, o
autor usa argumentos que visam a convencer o interlocutor da validade do ponto
de vista defendido.
17. D
Comentário:
Apenas os itens II e III estão corretos.
Primeiro
caso: O conectivo “se’, equivalente a “caso”
(se pessoas sentem
que não são merecedoras {...}. = caso pessoas sintam que não são
merecedoras {...}.), é uma conjunção
condicional; indica a condição
necessária para que os benefícios da gratidão não se realizem. Em
outras palavras, os benefícios da gratidão não se realizarão SOMENTE SE
pessoas se sentirem que não são merecedoras da gratidão (...).
Segundo
caso: Em “os benefícios da gratidão não se
realizarão”, o vocábulo “se” é pronome
apassivador, ou seja, atua como indicador da voz passiva na oração. Isso
mostra que o sujeito “os benefícios da
gratidão” é o paciente da ação verbal (“os benefícios da gratidão não se
realizarão” {voz passiva sintética} = “os benefícios da gratidão não serão
realizados” {voz passiva analítica}).
Observação: Pronome apassivador (ou partícula
apassivadora) – é usado com verbos transitivos diretos e com verbos
transitivos diretos e indiretos, formando a voz passiva sintética. Neste
caso, o verbo tem correspondência na voz passiva analítica, concordando com o
sujeito.
18. C
Comentário:
A expressão “Outro obstáculo”, representando um aspecto negativo da gratidão,
retoma outro aspecto negativo (também um
obstáculo), que é o “senso de dívida”.
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