3º Simulado TJ/RJ/ 2020 (Questões Cebraspe)

Texto 1: Cultura de massa e cultura popular

 

1.                O poder econômico expansivo dos meios de comunicação

2.      parece ter abolido, em vários momentos e lugares, as manifestações

3.       da cultura popular, reduzindo-as à função de folclore para turismo.

4.      Tal é a penetração de certos programas de rádio e TV junto às

5.      classes pobres, tal é a aparência de modernização que cobre a

6.      vida do povo em todo o território brasileiro, que, à primeira vista,

7.      parece não ter sobrado mais nenhum espaço próprio para os modos

8.      de ser, pensar e falar, em suma, viver, tradicionais e populares.

9.                A cultura de massa entra na casa do caboclo e do trabalhador

10.   da periferia, ocupando-lhe as horas de lazer em que poderia

11.   desenvolver alguma forma criativa de autoexpressão; eis o seu

12.   primeiro tento. Em outro plano, a cultura de massa

13.   aproveita-se dos aspectos diferenciados da vida popular e os

14.   explora sob a categoria de reportagem popularesca e de

15.   turismo. O vampirismo é assim duplo e crescente; destrói-se por

16.   dentro o tempo próprio da cultura popular e exibe-se, para

17.   consumo do telespectador, o que restou desse tempo, no

18.   artesanato, nas festas, nos ritos. Poderíamos, aqui, configurar

19.   com mais clareza uma relação de aparelhos econômicos

20.   industriais e comerciais que exploram, e a cultura popular, que é

21.   explorada. Não se pode, de resto, fugir à luta fundamental: é o

22.   capital à procura de matéria-prima e de mão de obra para

23.   manipular, elaborar e vender. A macumba na televisão, a escola

24.   de samba no Carnaval estipendiado para o turista, são

25.   exemplos de conhecimento geral.

26.            No entanto, a dialética é uma verdade mais séria do que

27.   supõe a nossa vã filosofia. A exploração, o uso abusivo que a

28.   cultura de massa faz das manifestações populares não foi ainda

29.   capaz de interromper para sempre o dinamismo lento, mas

30.   seguro e poderoso da vida arcaico-popular, que se reproduz

31.   quase organicamente em microescalas, no interior da rede

32.   familiar e comunitária, apoiada pela socialização do parentesco,

33.   do vicinato e dos grupos religiosos.

 

(Alfredo Bosi. Dialética da colonização. S. Paulo: Companhia das Letras, 1992, pp. 328-29)

 

1. Depreende-se das informações do texto, tomando como referências a cultura de massa e a cultura popular, que o autor do texto considera que, entre elas,

 

a) não há qualquer relação possível, uma vez que configuram universos distintos no tempo e no espaço.

 b) há uma relação de necessária interdependência, pois não há sociedade que possa prescindir de ambas.

 c) há uma espécie de simbiose, uma vez que já não é possível distinguir uma da outra.

 d) há uma relação de apropriação, conforme se manifestam os efeitos da primeira sobre a segunda.

 e) há uma espécie de dialética, pois cada uma delas se desenvolve à medida que sofre a influência da outra.

 

2. Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue os itens seguintes.

 

I. No primeiro parágrafo, afirma-se que a modernização é determinante para a sobrevivência de algumas formas autênticas da cultura popular.

II. No segundo parágrafo, a expropriação sofrida pela cultura de massa é vista na sua concomitância com o desprestígio da cultura popular.

III. No terceiro parágrafo, aponta-se a resistência das manifestações de cultura popular, observadas em determinados círculos sociais.

 

Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em

 

 a) I.

 b) II.

 c) III.

 d) I e II.

 e) II e III.

 

3. Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue os itens seguintes.

 

I. O pronome “lhe, em  “ocupando-lhe as horas de lazer” (l.10) retoma o antecedente “casa” (l.9).

II. O vocábulo “seu”, em “eis o seu primeiro tento” (l.11-12) refere-se à expressão “cultura de massa”.

III. Na linha 20, a correção gramatical e o sentido original do texto seriam mantidos caso a vírgula empregada após o vocábulo “popular” fosse suprimida.

 

Assinale a opção correta.

 

 a) Apenas o item I está certo.

 b) Apenas o item II está certo.

 c) Apenas os itens I e III estão certos

 d) Apenas os itens II e III estão certos.

 e) Todos os itens estão certos.

 

4. Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue os itens seguintes.

 

I. A expressão “socialização do parentesco” (l.32) poderia ser substituída por  “sociabilidade dos vínculos”.

II. Uma reescritura adequada para o período “O poder econômico expansivo dos meios de comunicação aboliu as manifestações da cultura popular e as reduziu a folclore para turistas.” seria : As manifestações da cultura popular foram abolidas e reduzidas a folclore para turistas pelo poder econômico expansivo dos meios de comunicação.

III. No 3º parágrafo, o autor vale-se do termo dialética para indicar a dinâmica pela qual a cultura popular ainda resiste à cultura de massa.

 

Assinale a opção correta.

 

 a) Apenas o item I está certo.

 b) Apenas o item II está certo.

 c) Apenas os itens I e III estão certos

 d) Apenas os itens II e III estão certos.

 e) Todos os itens estão certos.

 

5. Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue os itens seguintes.

 

I. Na linha 30, no trecho “que se reproduz”, a palavra “se”  indica sujeito indeterminado.

II. O sujeito de é explorada” (l.20-21) é “a cultura popular”.

III. Na linha 13 do texto, o vocábulo “se” em “aproveita-se” exerce a função de objeto direto.

 

Assinale a opção correta.

 

 a) Apenas o item I está certo.

 b) Apenas o item II está certo.

 c) Apenas os itens I e III estão certos

 d) Todos estão certos.

 e) Todos os itens estão errados.

 

6. A correção gramatical não seria mantida se a expressão “No entanto” (l.26) fosse substituída por

 

 a) Contudo.

 b) Todavia.

 c) Não obstante.

 d) Porém.

 e) Mas.

 

Texto 2

 

1.                Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram.

2.      Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de

3.      se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda

4.      em trechos diversos; uns com outros acho que nem se misturam (...)

5.      Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa

6.      importância. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da

7.      gente do que outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de

8.      velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como

9.      um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da

10.   outra, na ordem certa, sendo essa conexão que lhe dá sentido,

11.   princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos, cada um

12.   completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez

13.   seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se

14.   encontram as coisas eternas, que permanecem...

(Guimarães Rosa. Apud Rubem Alves. Na morada das palavras. Campinas: Papirus, 2003. p. 139)

 

7. Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue os itens seguintes.

 

I. No período “Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de  e remexerem dos lugares.”(.2-3), há uma justificativa para o que se afirma em  “Contar é muito dificultoso.” (l.1) e uma oposição a  “Não pelos anos que já se passaram.”

II. O fragmento “uma coisa depois da outra, na ordem certa” assume o papel de esclarecer uma afirmação anterior.

III. Pelo sentido do texto, a palavra “lembrança” em “A lembrança da vida da gente...” pode ser substituída, sem alteração do sentido, por “memória”.

 

Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em

 

 a) II.

 b) I e II.

 c) I e III.

 d) II e III.

 e) I, II e III.

 

8. Na oração “Tem horas antigas” (l.6), o sujeito é

 

a) indeterminado.

b) oculto.

c) simples.

d) inexistente

e) a expressão “horas antigas.

 

9. Considerando as ideias expressas presentes no texto,  pode-se inferir que:

 

a) A dificuldade de “contar” é mencionada como uma consequência dos “anos que já se passaram”.

b) O ato de “contar” mencionado no texto não é o seu tema central, mas sim uma introdução para tratar do assunto “velhice”.

c) De acordo com o texto, a velhice impede, muitas vezes, a lembrança dos melhores momentos da infância.

d) Em “Talvez seja esse o jeito...” (l.12-13) o termo “talvez” pode ser substituído, sem alteração do sentido, por “ainda que”.

e) O uso do termo “talvez”, em “Talvez, então,...” (l.8), indica que a afirmação a seguir não é considerada uma verdade absoluta, mas sim um ponto de vista.

 

10. Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque concorda com a expressão indicada entre parênteses:

 

a) “Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê...” (l.2) – (astúcia)

b) “... uns com outros acho que nem se misturam (...)” (l.4) – (uns com outros)

c) “Toda saudade é uma espécie de velhice.” (l.7-8) – (velhice)

d) “... não como um filme em que a vida acontece no tempo,...” (l.8-9) – (filme)

e) “... em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem...” (.13-14) – (memória)

 

 

 

Gabarito

 

1. D

 

Comentário:

 

a) Item errado – As duas culturas configuram universos semelhantes, e não distintos,  no tempo e no espaço. É também errado dizer que entre os dois tipos de cultura não há qualquer relação possível: há, sim, uma exploração por parte da cultura de massa.

b) Item errado – Entre as duas culturas existe um domínio da cultura de massa sobre a popular. Além disso, não se pode deduzir que a sociedade precisa de ambas as culturas. Na realidade, o capitalismo, como visa ao lucro, busca na cultura popular “matéria-prima” e “mão de obra para manipular, elaborar e vender”.

c) Item errado – Não há uma simbiose (interação íntima) entre as duas culturas; existe, isto sim, uma dominação por parte da cultura de massa. De igual modo, está errada a afirmação de que “já não é possível distinguir uma da outra”: elas são bem diferentes. A cultura de massa é um produto capitalista; a popular representa as manifestações espontâneas do povo.

d) Item certo – De acordo com o texto, a cultura de massa, ao apoderar-se da cultura popular, tenta transformar esta em mero produto de mercado.

e) Item errado – A afirmação é totalmente descabida: não há uma espécie de dialética. O que acontece é que cada uma segue seu caminho, com resultados opostos: enquanto a cultura de massa se desenvolve, a popular mal consegue sobreviver. Além disso, a única influência existente é a da cultura de massa sobre a popular.

 

2. C

 

Comentário:

 

I. Item errado – No primeiro parágrafo, afirma-se que, sob a aparência de modernização (não se fala em modernização), “que cobre a vida do povo em todo o território brasileiro”, “parece não ter sobrado mais nenhum espaço próprio para os modos de ser, pensar e falar, em suma, viver, tradicionais e populares”, ou seja, a cultura de massa é determinante não para a sobrevivência de algumas formas autênticas da cultura popular, mas para a destruição dessas formas de cultura.

II. Item errado – Não é a cultura de massa que é expropriada, mas a cultura popular.

III. Item certo – Apesar de toda a exploração sofrida, a cultura popular ainda resiste: “A exploração, o uso abusivo que a cultura de massa faz das manifestações populares  não foi ainda capaz de interromper para sempre o dinamismo lento, mas seguro e poderoso da vida arcaico-popular, que se reproduz quase organicamente em microescalas, no interior da rede familiar e comunitária, apoiada pela socialização do parentesco, do vicinato e dos grupos religiosos”.

 

3. B

 

Comentário:

 

I. Item errado –  O pronome “lhe” refere-se a “o caboclo” e a “o trabalhador da periferia”. No texto “A cultura de massa entra na casa do caboclo e do trabalhador da periferia, ocupando-lhe as horas de lazer” (ocupando-lhe as horas de lazer = ocupando as horas de lazer do caboclo e do trabalhador da periferia). Seria preferível que o autor tivesse usado o pronome “lhes” para não provocar ambiguidade: no singular, o pronome pode nos levar a pensar em três possibilidades: refere-se a “caboclo”, ou a “trabalhador da periferia”, ou aos dois?

II. Item certo – O pronome “seu” recupera anaforicamente a expressão “cultura de massa”. Vejamos no texto: A cultura de massa entra na casa do caboclo e do trabalhador da periferia, ocupando-lhe as horas de lazer em que poderia desenvolver alguma forma criativa de autoexpressão; eis o seu primeiro tento” (eis o seu primeiro tento = eis o primeiro tento da cultura de massa).

III. Item errado – No trecho  “a cultura popular, que é explorada”, a oração “que é explorada”, separada por vírgula, é adjetiva explicativa, isto é, funciona como um comentário adicional ao termo “cultura popular” (O fato de ser explorada é inerente à cultura popular, ou seja, só existe uma cultura popular, e ela é explorada.); caso a vírgula empregada após a expressão “cultura popular” fosse suprimida, a oração adjetiva passaria a ser restritiva, por isso seu sentido seria diferente: a oração delimitaria o sentido do termo “cultura popular”, pois estaríamos falando SOMENTE de uma cultura popular que é explorada, o que deixaria subentendido que haveria mais de uma cultura popular, e essa(s) cultura(s) popular(es) não seria(m) explorada(s).

 

4. D

 

Comentário:

I. Item errado – O sentido das expressões é diferente: “socialização do parentesco” = desenvolvimento do sentimento coletivo familiar; “sociabilidade dos vínculos” = ato de tornar sociáveis os laços.

II. Item certo – Esta questão sugere a transformação dos verbos da voz ativa para a passiva, o que manteria o período gramaticalmente correto. Vejamos:

    

   Na passagem da voz ativa para a passiva analítica, o sujeito agente da voz ativa passa a agente da passiva; o objeto da voz ativa passa para sujeito paciente da voz passiva; o verbo da voz ativa transforma-se em particípio, precedido do verbo “ser”, no mesmo tempo e modo do verbo da voz ativa.

 

Observemos a primeira oração na voz ativa: O poder econômico expansivo dos meios de comunicação (sujeito) aboliu (verbo no pretérito perfeito do indicativo) as manifestações da cultura popular (objeto direto).

Voz passiva analítica: as manifestações da cultura popular (sujeito paciente) foram abolidas (“ser” no pretérito perfeito do indicativo + mais particípio da ativa) pelo poder econômico expansivo dos meios de comunicação (agente da passiva).

 

Segunda oração na voz ativa: O poder econômico expansivo dos meios de comunicação (sujeito) as (objeto direto) reduziu (verbo no pretérito perfeito do indicativo) a folclore para turistas (objeto indireto).

Voz passiva analítica: Elas (sujeito) {foram} reduzidas (a forma verbal “foram”  está subentendida + mais particípio da ativa) a folclore para turistas (objeto indireto;  o objeto indireto permanece inalterado).

 

III. Item certo “Dialética” é  a busca de elementos conflitantes entre dois ou mais fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito. Segundo o texto, o autor usou o termo “dialética” para mostrar que, apesar de a cultura de massa tentar destruir totalmente a cultura popular, esta reage e continua se desenvolvendo.

 

5. E

 

Comentário:

 

I. Item errado – O termo “se” é pronome apassivador – indica que o verbo está na voz passiva sintética. Observemos que o verbo apresenta sujeito expresso – o pronome rela­tivo “que”, referente ao substantivo “dinamismo” (o dinamismo lento {...} que se reproduz = o dinamismo lento {...} que é reproduzido).

II. Item errado – O sujeito da forma verbal “é explorada” é o pronome relativo “que”, cujo referente é “a cultura popular”. Na oração “que é explorada”, se substituirmos o pronome “que” por seu referente ““a cultura popular”, teremos: a cultura popular é explorada. (Quem é explorada? Resposta: a cultura popular (= sujeito); então, como pronome “que” substitui “a cultura popular”, esse pronome desempenha a mesma função do que foi substituído, portanto “que” é sujeito.

III. Item errado – O termo “se” não exerce função sintática, pois não é pronome reflexivo (a ação não recai sobre o sujeito); chama-se parte integrante de um verbo pronominal. Aliás, com verbos transitivos indiretos com sujeito expresso, o “se” é sempre parte integrante do verbo. Na oração “a cultura de massa aproveita-se dos aspectos diferenciados da vida popular”, o sujeito é “a cultura de massa”; o objeto indireto é “dos aspectos diferenciados da vida popular”.

 

6. E

 

Comentário: A substituição de “No entanto” por “Mas” provocaria erro, uma vez que não se admite vírgula depois da conjunção “Mas”, a não ser que haja expressão intercalada, isolando essa conjunção da oração de que faz parte.

 

7. E

Comentário:

 

I. Item certo – Inicialmente o autor fala da grande dificuldade de ”contar” e ”apresenta uma razão (justificativa) para isso   a “astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares”. Essa justificativa se opõe a uma justificativa negada: o fato de os anos terem passado.

II. Item certo –  O fragmento “uma coisa depois da outra, na ordem certa” explicita (explica) a afirmação anterior: “um filme em que a vida acontece no tempo”.

III. Item certo –  De acordo com o Dicionário eletrônico Houaiss, um dos significados de “lembrança” é “faculdade da memória”, portanto, por extensão semântica, equivale a “memória”.

 

8. D

 

Comentário: O verbo “ter” usado com o sentido de “haver” ou “existir” é impessoal (fica sempre na 3ª pessoa do singular), o que significa que o sujeito é inexistente (oração sem sujeito).  

 

9. E

Comentário:

 

a) Item errado – A dificuldade de “contar” é mencionada não como uma consequência dos “anos que já se passaram, “mas as pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares”. Em outras palavras, a dificuldade de “contar” deve-se ao fato de que as lembranças nos vêm de modo desordenado.

b) Item errado – O tema central é o ato de “contar”. Ao longo do texto, autor tece considerações sobre a dificuldade de “contar”.

c) Item errado – Conforme dissemos na alternativa A, não é a velhice que impede, muitas vezes, a lembrança dos melhores momentos da infância, mas “pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares”.

d) Item errado – A substituição de “Talvez seja esse o jeito...” por “ainda seja esse o jeito...” provocaria incoerência no texto: ”Talvez” é um advérbio que expressa “dúvida” ou possibilidade”; “ainda que” expressa concessão. Além disso, faltaria à oração iniciada por “ainda que” uma oração principal à qual a concessiva se oporia semanticamente.

e) Item certo – O advérbio “Talvez” exprime possibilidade ou dúvida, portanto indica que a expressão a seguir denota um ponto de vista, e não uma certeza.

 

10. B

 

Comentário:

 

a) Item errado – A forma verbal “têm” concorda com o núcleo do sujeito – “coisas”. Ordem direta: Mas pela astúcia que certas coisas passadas de fazer balancê têm

b) Item certo – O verbo “misturar” concorda com o sujeito “uns com os outros”. Vejamos na ordem direta: acho que uns com os outros não se misturam.

c) Item errado – A forma verbal “é” concorda com o sujeito “Toda saudade”.

d) Item errado – A forma verbal “acontece” concorda com o sujeito “a vida”.

e) Item errado – A concordância dos verbos é feita com o sujeito “as coisas eternas”. Ordem direta: as coisas eternas se encontram / as coisas eternas (= que) permanecem.


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