Questões FCC – Pontuação
1. (Analista
Judiciário/Execução de Mandados/TRT-1ª Região/) Está
inteiramente correta a pontuação do seguinte
período:
a) Não é
fácil − confessemos logo − estabelecer uma clara linha divisória entre o que há de virtuoso na confiança, reconhecida
como atividade positiva e criativa, e o que há de meritório em desconfiar,
quando isso significa problematizar uma decisão.
b) Não é fácil, confessemos logo, estabelecer uma clara linha divisória:
entre o que há de virtuoso na confiança reconhecida como atividade positiva,
e criativa, e o que há de meritório em desconfiar, quando
isso significa problematizar uma decisão.
c) Não é fácil, confessemos logo: estabelecer uma clara linha divisória,
entre o que há de virtuoso na confiança reconhecida, como atividade positiva e criativa, e o que há de meritório em desconfiar quando,
isso, significa problematizar uma decisão.
d) Não é fácil, confessemos logo estabelecer, uma clara linha divisória, entre o que há de virtuoso, na confiança reconhecida, como atividade positiva
e criativa, e o que há de meritório em desconfiar, quando
isso significa problematizar uma decisão.
e) Não é
fácil − confessemos logo − estabelecer uma clara linha divisória, entre o que há de virtuoso, na confiança
reconhecida como atividade positiva e criativa, e o que há de meritório, em
desconfiar quando isso significa problematizar uma decisão.
2. (Analista Judiciário/TRT/2ª Região) Está plenamente adequada a pontuação da seguinte
frase:
a) Se as leis da religião,
pretendem levar o indivíduo ao exercício da bondade, o desígnio das leis civis em qualquer
sociedade, é contribuir para o bem de todos não importando a religião que cada um professe, ou deixe de professar.
b) Se as leis da religião pretendem levar o indivíduo, ao
exercício da bondade, o desígnio das leis civis em qualquer sociedade é
contribuir para o bem de todos não importando a religião, que cada um professe
ou deixe de professar.
c) Se, as leis da religião
pretendem levar o indivíduo, ao exercício
da bondade, o desígnio das leis civis em qualquer
sociedade é: contribuir para o bem de todos,
não importando a religião que cada um professe,
ou deixe de professar.
d) Se as leis da religião pretendem
levar o indivíduo, ao exercício da
bondade, o desígnio das leis civis, em qualquer sociedade, é contribuir para o
bem de todos; não importando a religião que, cada um, professe ou deixe de professar.
e) Se as leis da religião pretendem levar o indivíduo
ao exercício da bondade, o desígnio das leis civis, em qualquer sociedade, é contribuir para o bem de todos, não importando a religião que cada um professe ou deixe de professar.
3. (Analista Judiciário/TRE/Alagoas/2010) A pontuação está inteiramente adequada
na frase:
a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a ver com as de ontem.
b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que as
crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver, com as de ontem.
c) Será preciso, talvez:
redefinir a infância,
já que as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com as de ontem.
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? – já que as
crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com as de ontem.
e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que as
crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver com as de ontem.
4. (Analista em Planejamento,
Orçamento e Finanças Públicas/SEFAZ/SP) A pontuação está plenamente adequada na frase:
a) Aos que condenam
a nostalgia argumentando, contra o passadismo, pode-se responder com a frase de um pensador:
segundo o qual a saudade
de tempos melhores,
longe de ser reacionária, instiga-nos a esperar mais do presente.
b) Aos que condenam
a nostalgia, argumentando contra o passadismo, pode-se responder, com a frase de um pensador,
segundo o qual a saudade
de tempos melhores
longe de ser reacionária, instiga-nos a esperar mais do presente.
c) Aos que condenam
a nostalgia argumentando contra o passadismo, pode-se responder com a frase, de um pensador, segundo o qual:
a saudade de tempos melhores, longe de ser reacionária, instiga-nos a esperar mais do presente.
d) Aos que condenam
a nostalgia argumentando contra o passadismo, pode-se responder com a frase de um pensador,
segundo o qual a saudade
de tempos melhores,
longe de ser reacionária, instiga-nos a esperar mais do presente.
e) Aos que condenam
a nostalgia, argumentando contra o passadismo pode-se responder com a frase de um pensador, segundo o qual,
a saudade de tempos melhores,
longe de ser reacionária instiga-nos a esperar mais do presente.
Gabarito
1. A
Comentário:
a) Item certo – “Não é fácil − confessemos logo −
estabelecer uma clara linha divisória entre o que há de virtuoso na confiança,
reconhecida como atividade positiva e criativa, e o que há de meritório em
desconfiar, quando isso significa problematizar uma decisão.”
Os
travessões separam a oração intercalada “confessemos logo”; as duas primeiras
vírgulas isolam a oração adjetiva explicativa “reconhecida como atividade
positiva e criativa”; a última vírgula, facultativa, separa a oração adverbial
“quando isso significa problematizar uma decisão”. A propósito da última
vírgula, vamos tecer algumas
considerações. Como regra geral, com orações adverbiais, a vírgula somente é
obrigatória se as orações adverbiais estiverem deslocadas, ou seja, se
estiverem antes ou no meio da principal. Observemos os exemplos a seguir:
Quando
anoiteceu, (vírgula obrigatória) você terminou a tarefa. / Você, quando
anoiteceu, {vírgulas obrigatórias} terminou a tarefa.
Quando a oração adverbial estiver na sua posição
normal – depois da principal –, a vírgula é facultativa: Você terminou a
tarefa, (vírgula opcional) quando anoiteceu.
2. A
Comentário:
a) Item certo – “Se as leis da religião pretendem
levar o indivíduo ao exercício
da bondade, (1) o desígnio das leis civis,
(2) em qualquer sociedade, é contribuir para o bem de todos, (4) não importando a religião que cada um professe ou deixe de professar”.
Justificativas:
(1) separa oração adverbial que está deslocada; (2) e (3), facultativas,
separam o adjunto adverbial deslocado (quando o adjunto adverbial deslocado for
de pequena extensão, as vírgulas serão opcionais); separa oração reduzida de gerúndio.
Observação: depois de “religião” não se põe vírgula porque
a oração em seguida é adjetiva restritiva; é facultativa a
vírgula antes de “ou” (ou deixe de professar).
3. E
Comentário:
e) Item certo – “A pontuação está inteiramente
adequada na frase: Será preciso,(1) talvez, (2) redefinir a infância, (3) já
que as crianças de hoje,(4) ao que tudo indica, (5) nada têm a ver com as de
ontem”.
Justificativa das vírgulas: (1) e (2) – isolam o adjunto
adverbial deslocado “talvez”, (vírgulas facultativas); (3) – separa a oração
adverbial deslocada “já que as crianças de hoje nada têm a ver com as de
ontem”; (4) e (5) separam a oração adverbial deslocada “ao que tudo indica”.
4. D
Comentário
a) Item errado – “Aos que condenam a nostalgia
argumentando, contra passadismo, pode-se responder com a frase de um pensador:
segundo o qual a saudade de tempos melhores, longe de ser reacionária,
instiga-nos a esperar mais do presente”.
Justificativas:
Está errada a
vírgula depois de “argumentando” – não se separa o verbo do objeto indireto; os
dois-pontos devem ser substituídos por vírgula (as orações adjetivas
explicativas podem ser separadas por vírgulas, parênteses ou travessões).
b) Item errado – “Aos que condenam a nostalgia,
argumentando contra o passadismo, pode-se responder, com a frase de um
pensador, segundo o qual a saudade de tempos melhores longe de ser reacionária,
instiga-nos a esperar mais do presente”.
Justificativas:
A vírgula depois
de “nostalgia” é facultativa, visto que é oração reduzida de gerúndio de valor
modal, vindo depois da principal; está incorreta a vírgula depois de
“responder”, pois o adjunto adverbial “com a frase de um pensador” está na sua
posição normal – depois do verbo; a oração reduzida de infinitivo deslocada
“longe de ser reacionária” ficou incorretamente separada por vírgula – deveria
haver uma antes dessa oração para fazer dupla com a que vem depois.
c) Item errado – “Aos que condenam a nostalgia
argumentando contra o passadismo, pode-se responder com a frase, de um
pensador, segundo o qual: a saudade de tempos melhores, longe de ser
reacionária, instiga-nos a esperar mais do presente”.
Justificativas:
Deve-se retirar a
vírgula depois de “frase”, uma vez que não se separa o adjunto adnominal (= de
um pensador) do substantivo a que se refere (= frase); não há razão para o
sinal de dois-pontos depois do pronome relativo “o qual”.
d) Item certo – “A pontuação está plenamente adequada
na frase: Aos que condenam a nostalgia argumentando contra o passadismo, (1)
pode-se responder com a frase de um pensador, (2) segundo o qual a saudade de
tempos melhores, (3) longe de ser reacionária, (4) instiga-nos a esperar mais
do presente”.
Justificativas:
A vírgula (1) separa o objeto indireto
antecipado seguido de oração reduzida de gerúndio, de valor modal – “Aos que
condenam a nostalgia argumentando contra o passadismo”; a (2) faz dupla com a
(3) para separar a oração adjetiva explicativa “segundo o qual a saudade de
tempos melhores longe de ser reacionária”; a (3) serve ainda, em dupla com a
(4), para isolar a oração reduzida de infinitivo deslocada “longe de ser
reacionária”.
e) Item errado – “Aos que condenam a nostalgia,
argumentando contra o passadismo pode-se responder com a frase de um pensador,
segundo o qual, a saudade de tempos melhores, longe de ser reacionária
instiga-nos a esperar mais do presente”.
Justificativas:
Deve-se pôr
vírgula depois de “passadismo”; está errada a vírgula depois de “o qual”; é
necessário colocar vírgula depois de “reacionária”, para que a oração reduzida
“longe de ser reacionária” fique entre vírgulas.
A
vírgula nas orações reduzidas de gerúndio
1. Separam-se as orações adverbiais
(temporais, concessivas, condicionais, causais e consecutivas).
Temporal: Chegando ao
escritório, telefonarei a meu filho. > Eu, chegando ao escritório,
telefonarei a meu filho. > Telefonarei a meu filho, chegando ao escritório.
Concessiva: Estando muito
frio, meu tio não vestiu a blusa. > Meu tio, estando muito frio,
não vestiu a blusa. > Meu tio não vestiu a blusa, estando muito frio.
Condicional: Estudando muito,
você fará boa prova. > Você, estudando muito, fará boa prova. >
Você fará boa prova, estudando muito.
Causais: Tendo gritado muito,
o garoto ficou rouco. > O garoto, tendo gritado muito, ficou rouco.
> O garoto ficou rouco, tendo gritado muito.
Consecutivas: Gritaram muito, ficando
roucos. (É regra a oração reduzida final vir depois da principal.)
Finais: Exigindo o pagamento de
horas-extras, o funcionário abordou rispidamente o patrão. > O
funcionário, exigindo o pagamento de horas--extras, abordou rispidamente
o patrão.
Observação: Orações modais
1. As orações modais não costumam vir
deslocadas (O menino entrou no colégio chorando). Além disso, se a
oração principal estiver na ordem direta, a reduzida final não se separa
por vírgula (= Os homens saíram correndo. / Você vive reclamando da
vida).
Se a oração principal não estiver na
ordem direta, a reduzida de gerúndio geralmente é separada por vírgula (Entrou
no colégio o menino, chorando).
2. As
orações adjetivas separam-se por vírgulas;
as restritivas, não.
Explicativa: Vi minha mãe,
passeando no parque (= Vi minha mãe, que passeava no parque. > A
oração adjetiva é explicativa, uma vez que não restringe o significado do termo
“mãe”).
Restritiva: Vi as crianças brincando
no parque (= Vi as crianças que brincavam no parque. > Faz-se
referência somente às que brincavam no parque).
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